“Os livros todos não podem competir com séculos de história já estabelecidos, principalmente quando essa história é endossada pelo livro mais vendido de todos os tempos.“
Durante séculos, a igreja católica travou uma guerra contra uma sociedade secreta conhecida como o Priorado de Sião, que é detentora de um segredo tão grande, que se revelado, abalaria os pilares da santa igreja e da fé cristã. O Santo Graal é uma história bem arquitetada da igreja, ele não existe. Não como o conhecemos. Foi mexendo nesse vespeiro, que anos atrás, Dan Brown lançou seu best seller. Um dos livros mais vendidos de todos os tempo, seja pela sua história envolvente, seja pela polêmica alimentada pelos ataques da igreja de Roma, é inegável o sucesso e a qualidade, até do próprio Dan Brown como escritor de ficção.
Eu já tinha assistido ao filme, então foi impossível desassociar os personagens dos atores. Mas a impressão que eu tinha do filme, era de um bom blockbuster, apenas. Felizmente o livro é bem mais que isso. Em alguns momentos a trama fica meio forçada, propositalmente, para encaixar com os fatos históricos. Eu recorri à wikipedia diversas vezes para saber o que era real e o que era ficção. O filme empobrece o trabalho de Dan Brown. O livro possui uma riqueza de informações que o torna bem mais interessante. Se ele cita uma obra de arte, temos uma pequena aula de história sobra aquela obra, por exemplo. Não sou historiador, mas como falei anteriormente, em alguns momentos o livro carece de uma pesquisa mais aprofundada, dando a impressão que foi escrito às pressas. Mas não estraga a experiência, na minha opinião.
Acho que um dos maiores feitos do autor, foi, mesmo com essa carência de pesquisa aprofundada, fazer com que os leitores questionassem a história que todos conhecemos desde berço. De forma tão convincente que a própria igreja se sentiu ofendida e precisou intervir.
Assisti várias entrevista. Eu me peguei acreditando na história. Me peguei desejando que fosse verdade. Há quem acredite em teorias conspiratórias, sobre o livro ter sido encomendado pela própria igreja, para servir como cortina de fumaça para os escândalos de pedofilia de Boston, que a igreja enfrentava à época. Não acredito nisso.

Existe uma tendência natural de tentar diminuir algo que é mainstream, que faz muito sucesso. Com O Código da Vinci sinto que não foi diferente. Apesar de não ter uma escrita poética, de não fazer muitas vezes distinção entre a realidade e a ficção, como não colocar Dan Brown e seu livro entre os maiores, não só em número de vendas? Ainda mais com todo o conteúdo que essa obra gera até hoje. Faça uma pesquisa rápida no google, e você vai achar milhares de resultados elogiando ou refutando a obra.
Para mim, o livro foi uma bela surpresa. Não achava que teria um algo a mais que o filme oferece. O filme se tornou ainda mais decepcionante. A escrita de Dan Brown é muito parecida com um roteiro. Os roteiristas tinham a faca e o queijo na mão, mas o resultado, apesar do sucesso, não foi nada satisfatório. Já o livro, eu recomendo fortemente.
Livro: O Código Da Vinci
Autor: Dan Brown
Ano: 2003